sexta-feira, 30 de setembro de 2016

    TROFÉUS DE OURO PURO

Ante um poema novo, o que sente o poeta?
Embora seja diferente do atleta,
sua emoção, diante de um novo poema,
é algo que lhe dá uma sensação extrema.

Tal como a emoção de quem acende a Pira,
numa olimpíada, que ao mundo inteiro inspira,
e cada verso é como alguém que atinge a meta,
alguém que corre a maratona e a completa.

Como o atleta a desfilar com galhardia,
na festa de abertura no primeiro dia,
e ali feliz adentra e orgulhosamente,
sob os aplausos de um sem número de gente.

O último verso de um poema é, afinal,
tal como quem chega primeiro a uma final,
como um atleta bem treinado, que não falha,
e que, depois, no peito exibe uma medalha.

Mas, do atleta, o poeta é diferente:
tem o atleta os aplausos de muita gente;
e os versos de um poeta, de valor imenso,
ficam, às vezes, bem guardados no silêncio.

Há, entretanto, algo de muito especial,
que reacende, dos poetas em geral,
a esperança de, seus troféus, no futuro,
serem reconhecidos como de ouro puro.

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