SAUDADE DAS ORIGENS
Quando nasci, morávamos na roça,
mas na enxada não quis trabalhar.
Dizia: Só se a enxada desinchar!
Por isso, todos me faziam troça.
Morava na fazenda que era nossa,
onde as crianças podiam brincar.
E, no caso de alguém extrapolar,
mamãe sempre fazia vista grossa.
A vida, no interior de Minas,
naqueles belos vales e campinas,
tinha o sabor de pura fantasia.
Passou o sonho, veio a realidade.
Hoje, vivendo a vida na cidade,
cultivo esta saudade cada dia!