quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

  NOSSAS LEIS DESUMANAS

Hoje, quero falar da estupidez humana.
O homem é quem faz as suas próprias leis,
mas, quando faz uma lei burra e desumana,
se torna dela escravo. É o que observei.

Os dias vão passando, e a humanidade insana,
cada vez mais oprimida, como nem sei,
as multidões seguem seus dias e semanas
como se aqui fosse monarquia sem rei.

Sobre esse assunto, a tal estupidez é tanta,
que, mesmo vendo o grande mal que se agiganta,
não há quem use um pouco a sua inteligência.

Pois, afinal, se as leis são feitas pelo homem,
por que não mudam essas leis que nos consomem,
seria, acaso, por falta de competência?

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

 A LEI DA RECOMPENSA

Segue o universo qual relógio eterno,
relógio que jamais mostrou defeito,
e nem podia, pois, por Deus foi feito
e permanece sob o seu governo.

Na primavera, no outono, ou inverno,
ou no verão, sempre do mesmo jeito,
sabemos que tudo Deus fez perfeito.
Se isto observo, a mim mesmo consterno.

Infelizmente, a nossa Natureza
vem sendo destruída pelo homem,
que age sem prever a consequência.

Na criação, tudo era só beleza,
hoje, porém, os males nos consomem.
Esta é a lei de Deus – da recompensa.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

              CONFISSÃO

Já estou velho e não realizei meus planos.
Eu quis ser útil, abençoar muita gente,
realizar grandes projetos nestes anos
em que vivi, pois desejei ser diferente.

Ser diferente deste mundo e seus arcanos,
jamais falar do que é mau, que, comumente,
os homens que vivem sem Deus (pobres insanos!)
falam e fazem, sem temor e inconscientes.

Eu quis falar-lhes sobre o arrependimento,
antes que a vida deles se vá, num momento,
quando não vão ter mais uma oportunidade.

Mas, fiz tão pouco! Faltou-me o ‘como fazê-lo’
ou (eu confesso!) falhei, por falta de zelo,
mas, o que fiz só vou saber na eternidade.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

O QUE ESCREVI

Em toda vida escrevi mais de mil poemas.
Mas, em um ponto, minha história é diferente:
não disse o que os poetas dizem, normalmente,
embora já tenha abordado os mesmos temas.

Alguns poetas, como eu, sendo em Deus crentes,
seguiram seu nobre ideal, de um só esquema,
fugindo das variações e dos dilemas,
e, então, falaram de Jesus Cristo somente.

Eu, entretanto, não me limitei a isto.
Mesmo querendo viver só pra Jesus Cristo,
falei dos temas deste mundo os mais diversos.

Falei do belo, do que é bom, do que faz bem,
das amizades e do amor falei também,
porém, o mal não teve lugar nos meus versos.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

        MINHA TERRA – DIVINO

Quando a memória me conduz ao tempo antigo,
relembro os males que sofri, também as glórias,
desfruto novamente os louros das vitórias,
enquanto deixo os males – não os guardo comigo.

Em toda a minha longa vida, o que persigo
é registrar o que foi bom na minha história.
Meu interesse é conservar bem na memória
o que foi bom, fazendo o melhor que consigo.

Na minha infância, conheci felicidade,
morando na fazenda; às vezes, na cidade.
Lembro das festas... dos fogos... toques do sino...

Era inocente, nada sabia do mundo,
mas, dos bons tempos, não esqueci um segundo.
Quanta saudade da minha terra – Divino!

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

   ATÉ QUE VÁ DESCANSAR

Às vezes volvo-me aos velhos valores,
sinto a saudade tocar meus sentidos.
Lembro o valor daqueles tempos idos,
e emociono-me, e encho de rubores.

A natureza, com seus coloridos,
num belo dia, desde os seus alvores,
vai desfilando em variadas cores,
e um belo som ecoa aos meus ouvidos.

Assim me envolve a tal reminiscência,
e isso me eleva à mais nobre existência,
tal como o herói que recebe um troféu.

Pena que não vejo o bem neste mundo!
Então, vou cultivando o amor fecundo,
até que, alfim, vá descansar no céu.