A JUSTIÇA DA ROÇA
A chuva cai sobre a terra sedenta,
fazendo germinar cada semente
que se espalhou, providencialmente,
a fim de produzir pão que alimenta.
O sol, que chega, a terra inteira
esquenta,
e, ainda bem cedo, acorda toda gente.
Vai ao trabalho o homem diligente,
na luta quase nunca barulhenta.
Barulho existe, sim, da passarada,
que, numa orquestra super-afinada
pode causar inveja ao homem nobre.
Porém, a roça a ninguém discrimina,
pois, na verdade, o que lá predomina
é dar frutos ao rico quanto ao pobre.
Nenhum comentário:
Postar um comentário