terça-feira, 8 de fevereiro de 2011


      A CIGARRA E A FORMIGA

Quando criança, ouvi a história da formiga
e da cigarra, de opostas atitudes,
ao compararmos seus defeitos e virtudes,
vivendo em meio aos seus problemas e intrigas.

Naquela mata, uma cigarra residia,
que praticava a cantoria o tempo inteiro.
Enquanto trabalhava todo o formigueiro,
cantava a tal cigarra e nada mais fazia.

Dona cigarra não tinha preocupação,
além de entoar a sua melodia.
Que precisava de alimento a cada dia,
uma formiga lhe chamou a atenção.

E a cigarra perseverou na canção.
Quando o inverno veio, também veio o frio,
chegou a chuva e foi-se o tempo de estio
e a cigarra não fizera provisão.

A tal história que ouvi, quando criança,
considerava o formigueiro e seu trabalho,
e da cigarra, que seu cântico era falho,
pois não aproveitava os tempos de bonança.

Diz que a cigarra, que não tinha provisão,
na intempérie, ficou em dificuldade.
Mas pouca gente reconhece esta verdade:
O que elas fazem é pra Deus adoração.

Pois a formiga que trabalha, assim foi feita;
e, para isso, Deus lhe deu a natureza.
Mas a cigarra, quando canta, com certeza
adora a Deus também cantando. E Deus aceita.

Por isso, apelo aos nobres intelectuais,
que não conseguem ver assim deste meu jeito:
Pois tudo, tudo que Deus fez é tão perfeito,
que não podemos entender. Pobres mortais!

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